Rosani Vieira

O Projeto Rondon foi uma participação bastante expressiva e boa, em que pudemos desenvolver um trabalho de educação avançada no campus de Itaituba, no Pará. Convivemos com uma comunidade que estava muito acometida por malária. Tinham instalações precárias para as aulas, mas organizamos um mutirão e sensibilizamos a comunidade para poder ajudar a escola. Fizemos campanhas educativas, recreações, festividades, e estimulamos bastante a comunicação. Foi uma experiência rica, e ainda tivemos a oportunidade de conhecer a Transamazônica e algumas tribos indígenas

Criamos um projeto para discutir mediação Psicológica na Vara da Família. O processo iniciava com o assistente social que ltrava a demanda e encaminhava um homem, uma mulher ou o casal para passar pela análise da equipe de Psicólogos. Nesta triagem surgiam questões de separação, de guarda, de violência doméstica e distinguíamos o que congurada ou não a violência psicológica e abusos de toda ordem. A equipe fazia a escuta e encaminhamento para fazer a redução dos danos possíveis e, em casos mais graves, era indicado atendimento psicológico clínico individualizado.

A experiência no hospital foi muito rica e iniciou durante curso técnico de auxiliar de enfermagem pelo SENAC. O trabalho era acompanhar crianças subnutridas. Além da subnutrição outras questões importantes eram identicadas, como maus tratos, casos de sarna, ferimentos pelo corpo. À medida que o tratamento ia avançando, as feridas iam cicatrizando, pegávamos as crianças no colo e percebíamos uma luz brilhar. E as crianças iam se fortalecendo e saiam daquele quadro grave. Além do trabalho de enfermaria acompanhávamos de perto a psicopedagoga. As crianças internadas tinham aulas, atividades pedagógicas e recreação. Na recreação conseguimos nos voluntariar e participar do trabalho pedagógico desenvolvido dentro da unidade.

A orientação prossional foi realizada no Colégio Energia, nas unidades Centro e Palhoça. Em cada grupo foi desenvolvido um trabalho diferente, devido as características dos participantes. No grupo do Centro, participantes com maior poder aquisitivo e que apenas estudavam, acabavam sendo mais impacientes, queriam uma denição logo e normalmente lidavam com três questões: social, familiar e desejo. Já o grupo de Palhoça, composto por participantes de menor poder aquisitivo, e boa parte deles já trabalhava, tinham um pouco mais de liberdade de escolha, sabiam mais o que queriam e tinha um pé um pouco mais na realidade por causa da experiencia laboral.